caneta preta e detalhes em aquarela e tinta acrilica ou lápis de cor.
(explicando...)
Era uma noite agradável, me encontrava acompanhada de seres iluminados desprovidos de qualquer semelhança aos seres cinza das grandes cidades opacas; estávamos de carro a caminho da Praça Roosevelt, trajeto regado a balas coloridas e a risadas inspiradas.Tudo parecia caminhar na mais perfeita paz, quando ao fechar do semáforo, vimos ao longe dois trombadinhas aparentemente atormentados correndo em nossa direção, não havia mais tempo nem espaço para fugir existiam carros estagnados por todas as direções.
Um dos moleques ao nos alcançar, bate forte no vidro que se encontrava semi-aberto e grita:
-Passa o celular, o dinheiro a carteira! Passa, passa logo; eu tenho um cano eu vou furar vocês, eu não to brincando!
Era possível enxergar o ódio nos olhos daquele menino, ódio e sangue, seu olhar certamente refletia a tristeza e a agressividade daquelas calçadas imundas regadas a entorpecentes e ao frio que lhes cabia.
Meu parceiro o qual foi diretamente abordado, não ficou acuado, essa não era uma característica sua, muito pelo contrario, sei que naquele momento lhe passou inúmeras soluções para sair daquela situação, mas com a serenidade e consciência que lhe foi concedida ele agiu mais uma vez humanamente abaixou o vidro totalmente e respondeu da forma mais dócil possível a aquelas crianças:
-Olha para mim, [essa frase requer uma descrição; ser que habitualmente caminha de roupas rasgadas, desgastadas, quase sem cor, com uma boina preta e um coturno destruído de tanto trilhar] eu não tenho o que dar, não tenho celular, nem carteira eu tenho…sou igual a vocês.
Após qualquer fato parecido acontecer com as pessoas, elas resumem a questionar; a atitude desses garotos pelo fato de eles não estarem na escola, pelo fato de assaltaram ao invés de pedir, e se chocam ao perceber que crianças tão pequeninas já usam drogas.
No entanto esses questionamentos não são feitos para serem respondidos, na verdade, não passam de argumentos para reclamar, pois caso contrário as conclusões seriam mais do que obvias uma vez que não estão na escola porque não tem escola para eles, não pedem porque já cansaram de pedir serem ignorados e mal tratados; usam drogas porque sentem frio e não tem agasalho, sentem fome e não tem comida…e quem é que vai poder julgar, agredir, criticar?
Esperar? Esperar de quem? O que? Do governo? Eles já tiveram tanto tempo para acabar com tudo isso e nada foi feito; é hora de ação, é hora de solidariedade, é hora da sociedade de se unir e mudar.
Meu parceiro o qual foi diretamente abordado, não ficou acuado, essa não era uma característica sua, muito pelo contrario, sei que naquele momento lhe passou inúmeras soluções para sair daquela situação, mas com a serenidade e consciência que lhe foi concedida ele agiu mais uma vez humanamente abaixou o vidro totalmente e respondeu da forma mais dócil possível a aquelas crianças:
-Olha para mim, [essa frase requer uma descrição; ser que habitualmente caminha de roupas rasgadas, desgastadas, quase sem cor, com uma boina preta e um coturno destruído de tanto trilhar] eu não tenho o que dar, não tenho celular, nem carteira eu tenho…sou igual a vocês.
Após qualquer fato parecido acontecer com as pessoas, elas resumem a questionar; a atitude desses garotos pelo fato de eles não estarem na escola, pelo fato de assaltaram ao invés de pedir, e se chocam ao perceber que crianças tão pequeninas já usam drogas.
No entanto esses questionamentos não são feitos para serem respondidos, na verdade, não passam de argumentos para reclamar, pois caso contrário as conclusões seriam mais do que obvias uma vez que não estão na escola porque não tem escola para eles, não pedem porque já cansaram de pedir serem ignorados e mal tratados; usam drogas porque sentem frio e não tem agasalho, sentem fome e não tem comida…e quem é que vai poder julgar, agredir, criticar?
Esperar? Esperar de quem? O que? Do governo? Eles já tiveram tanto tempo para acabar com tudo isso e nada foi feito; é hora de ação, é hora de solidariedade, é hora da sociedade de se unir e mudar.
Com o Projeto eu Proponho essa Mudança e a Mudança Vem de Dentro; é Necessário Abrir os Olhos, Desligar o Som e Estender as Mãos
O projeto social “Farol, Flores e Poesia”, contou com amadurecimentos e evoluções, sendo assim perdeu seu caráter impessoal e generalizado ganhando um direcionamento e uma nova linguagem de comunicação. A boneca ganhou força e criou um novo mundo, a personagem largou as ruas e ao invés de apenas observar crianças carentes e tentar transmitir uma mensagem para a elite, se inseriu na realidade dos pequenos de um abrigo desenvolvendo uma fantasia e alterando um universo.
Assim o projeto se desenvolveu, ganhou embasamento, literário, imagético e político, contando com uma produção concreta de um livro em uma apresentação alternativa, em forma de cartões postais, proporcionando uma nova representação artística e valorizando cada força do projeto (utopia, ideal, literatura, fotografia, ilustração e design).
Assim o projeto se desenvolveu, ganhou embasamento, literário, imagético e político, contando com uma produção concreta de um livro em uma apresentação alternativa, em forma de cartões postais, proporcionando uma nova representação artística e valorizando cada força do projeto (utopia, ideal, literatura, fotografia, ilustração e design).
Por Pamela Facco
Eu AMOOOOOOOOOO esse mundo das bonecas!!!
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